Saúde mental e memória: como cuidar do cérebro em todas as fases da vida
11/11/2025
(Foto: Reprodução) Quando falamos em saúde, é comum pensar primeiro no corpo — coração, músculos, imunidade. Mas e a mente? O cérebro é o grande maestro que organiza todas as funções do organismo, e também responde ao que sentimos no dia a dia. Estresse, noites mal dormidas, uma rotina sedentária ou uma alimentação desequilibrada podem comprometer a concentração, a memória e até o humor. Para a nutricionista Endy Greycy Klatt de Oliveira, “falar de saúde mental e memória é reconhecer que um corpo precisa de uma mente saudável e vice-versa. O cuidado integral potencializa a qualidade de vida, previne doenças e melhora tanto o bem-estar quanto a performance cognitiva”.
Mais do que um tema associado ao envelhecimento, a saúde mental e a memória são cuidados que devem ser cultivados desde cedo. Ler, aprender algo novo, socializar, se movimentar, dormir bem e se hidratar são práticas simples que estimulam o cérebro a criar novas conexões.
“Hábitos consistentes fazem toda a diferença: alimentação equilibrada com frutas, vegetais e oleaginosas, atividade física regular, vida social ativa e momentos de relaxamento ajudam a manter a mente clara e a memória em dia”, explica a nutricionista. E não se trata apenas de guardar informações: a mente ativa impacta diretamente na concentração, no raciocínio e até no equilíbrio emocional.
O impacto do estresse e da rotina
Quem nunca sentiu a mente “travada” em períodos de pressão? O estresse tem papel central nesse processo. Sob tensão, o corpo libera hormônios como o cortisol, deixando o cérebro em estado de alerta constante. Se isso acontece com frequência, o resultado é perda de foco, dificuldade de concentração e falhas na memória. “O cérebro tem mais divergência em guardar informações porque não consegue fazer novas conexões neurais”, aponta Endy. A sobrecarga de estímulos prejudica ainda o sono reparador — fundamental para organizar as memórias —, criando um círculo vicioso que desgasta o corpo e a mente.
Essa ligação entre mente e corpo mostra que cuidar da saúde emocional não é luxo, mas uma necessidade. Pequenos sinais, como esquecimentos frequentes, irritabilidade sem motivo, dificuldade para se concentrar ou sensação de cansaço mental, podem ser alertas de que é hora de prestar mais atenção. Nessas situações, procurar ajuda profissional é fundamental para reorganizar os hábitos e evitar que os sintomas se intensifiquem.
Alimentação como aliada do cérebro
Se a rotina pode pesar contra, a alimentação equilibrada funciona como grande aliada da mente. Nutrientes específicos têm papel essencial no funcionamento do cérebro, desde a formação de novas conexões até a proteção dos neurônios contra danos. O ômega-3, presente em peixes como salmão e sardinha e também em sementes como chia e linhaça, fortalece as células cerebrais. Antioxidantes encontrados em frutas, vegetais e oleaginosas ajudam a combater o estresse oxidativo. Vitaminas do complexo auxiliam no metabolismo de proteínas e no funcionamento do sistema imune, enquanto minerais como magnésio e zinco auxiliam no processo de divisão celular. “O cérebro precisa de energia, reparo celular e proteção. É isso que os nutrientes oferecem: eles podem auxiliar o funcionamento do organismo”, reforça Endy.
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Manter-se hidratado é outro ponto essencial. Até mesmo uma leve desidratação pode comprometer a atenção e a capacidade de lembrar informações. O mesmo vale para alimentos ricos em flavonoides, como cacau, frutas vermelhas e chá verde, que podem estimular o fluxo sanguíneo cerebral. São escolhas do dia a dia que, ao se tornarem parte da rotina, ajudam a preservar a saúde mental a longo prazo.
Suplementos podem ajudar?
Quando a rotina alimentar não garante todos os nutrientes, a suplementação pode entrar como aliada, oferecendo um suporte para a saúde do cérebro e da memória. Vitaminas do complexo B, minerais como magnésio e zinco, ômega-3 e compostos bioativos de plantas são opções que auxiliam em processos como o de divisão celular. Mas a recomendação é clara: “a suplementação não substitui uma alimentação equilibrada e a escolha deve ser feita, preferencialmente, com acompanhamento profissional”, ressalta a nutricionista.
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