Ritual japonês em homenagem aos mortos ilumina represa do Paraná com milhares de lanternas flutuantes; conheça o Tooro Nagashi

  • 24/10/2025
(Foto: Reprodução)
Ritual japonês ilumina represa do Paraná com lanternas flutuantes Há mais de 40 anos, uma tradição japonesa milenar encontrou espaço – e criou raízes – no interior do Paraná. Trata-se do Tooro Nagashi, um ritual que, por meio de lanternas flutuantes nas águas, homenageia familiares que se foram. Assista ao vídeo acima. A cerimônia, que tem origem no budismo, ficou popular em Carlópolis, no Norte Pioneiro do estado. A cidade, que tem pouco mais de 16 mil habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem forte influência da comunidade nipo-brasileira, que se estabeleceu na região após a Segunda Guerra Mundial. Neste ano, o Tooro Nagashi será realizado neste sábado (25) em uma celebração que mistura saudade, fé e respeito. No ritual, cerca de mil lanternas são lançadas na Represa Chavantes para iluminar o caminho dos ancestrais falecidos. ✅ Siga o canal do g1 Londrina no WhatsApp Lucas Xavier, membro da diretoria da Associação Cultural e Esportiva de Carlópolis (ACECAR), explica que cada lanterna flutuante é feita com uma vela envolta por uma base de madeira e coberta com papel manteiga colorido, o que gera um efeito visual mágico na água. Depois de serem colocadas na água, as velas seguem o caminho da correnteza carregando nomes escritos à mão por familiares que não deixam as memórias dos antepassados serem apagadas com o tempo. A celebração possui adesão tão grande na comunidade da região que é necessário usar um caminhão para levar os mais de mil Tooros produzidos para o momento. Mais de mil lanternas serão lançadas na água, no 44º Tooro Nagashi. ACECAR 🏮 Tooro significa lanterna de papel ️e Nagashi significa algo como "flutuar" ou "deixar levar". Navegue nesta reportagem: A história do Tooro Nagashi no Paraná O dia do evento Recolhimento das lanternas A história do Tooro Nagashi no Paraná Cerimônia iniciou em Carlópolis em 1982. ACECAR O ritual do Tooro Nagashi foi iniciado em Carlópolis em 1982, com os imigrantes japoneses Katsuo Yamamoto, Sunao Ito, Takai Minoro, Saito Iti e Saito Issaburo. A vinda deles ao Brasil foi após a 2ª Guerra Mundial, em busca de uma nova vida e mantendo vivas as tradições culturais. Katsuo Yamamoto, por exemplo, chegou ao país em 1949. Aos 90 anos, Kenzi Yamamoto, filho dele, permanece em Carlópolis e ainda participa das celebrações. Carlópolis tem aproximadamente 16 mil habitantes e fica no norte pioneiro do Paraná. Arte RPC/Acecar Ao g1, Yamamoto contou que toda cerimônia é bonita e que a memória não permite mais que ele se lembre de detalhes do primeiro Tooro Nagashi que celebrou com a família no Paraná. Entretanto, não esquece do passo a passo para montar cada "barquinho". "Corta a tábua com mais ou menos 25 centímetros, põe a vela e cola o papel. Esse é o serviço do homem, o homem ajuda a fazer", contou. Tooro significa lanterna de papel ️e Nagashi significa algo como "flutuar" ou "deixar levar". ACECAR Mais da cultura japonesa no PR ⬇️ 🎧 PodParaná #166: Conheça a Granja Canguiri, espaço que foi 'campo de concentração' de japoneses O dia do evento Lanternas são recolhidas no dia seguinte por pessoas em barcos ou que caminham pela margem. ACECAR Em Carlópolis, o dia para o Tooro Nagashi deve ser o último final de semana de outubro. Os associados da ACECAR que organizam e também fazem a produção dos Tooros dias antes da celebração. São aproximadamente 65 famílias de japoneses e de descendentes associadas. Antes que cada um deles ilumine a represa, o dia todo é repleto de celebrações organizadas pela Acecar: recepção dos convidados, cerimônia religiosa budista e jantar com comidas típicas japonesas. Jantar com comidas típicas também faz parte da cerimônia. ACECAR Neste culto, cada nome de antepassados homenageados é lido por um monge como forma de agradecimento e pedido de bênçãos. De acordo com a ACECAR, atualmente são esperados cerca de 500 visitantes que participam dos ritos religiosos da data. Essas pessoas são, na maioria, moradoras do Paraná e São Paulo e formam até mesmo caravanas para o deslocamento. Em diversas edições, o cônsul-geral do Japão também esteve presente. Até que o último Tooro esteja na água, todo rito é feito com reza do monge. É desta forma que a celebração também promove a reunião familiar e transmissão de valores ancestrais. Neste ano, conforme a Secretaria de Turismo do Paraná, o início do evento está previsto para 14h e encerramento às 20h. Os Tooros serão soltos na Ilha do Ponciano, na Represa Chavantes, e qualquer pessoa pode acompanhar a cerimônia. Leia também: Fracasso imobiliário: 1º 'prédio giratório' do mundo tem futuro incerto Felizes no simples: Recém-casados vão embora de cerimônia em bicicleta 'Vovó viajante': Aos 67 anos, paranaense dirige sozinha pelo litoral brasileiro Recolhimento das lanternas No papel das lanternas, as famílias escrevem os nomes dos antepassados. ACECAR Na manhã do dia seguinte à cerimônia, grupos de pessoas saem para recolher os Tooros. Segundo Lucas, as equipes usam barcos ou caminham pela margem do local em que eles foram lançados. *Com colaboração de Larissa Piasecki, assistente de produtos digitais do g1 Paraná. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/10/24/tooro-nagashi-ritual-japones-parana-homenagem-aos-mortos-ilumina-rio.ghtml


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