Mulher esconde celular na calcinha para conseguir denunciar cárcere privado no Paraná, diz polícia
15/12/2025
(Foto: Reprodução) Violência contra a mulher; imagem ilustrativa.
Reprodução
Uma mulher de 52 anos estava sendo mantida em cárcere privado pelo marido e conseguiu ser resgatada após enviar um áudio pedindo ajuda ao Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen). Para conseguir fazer a solicitação, ela escondeu o celular na calcinha para que o companheiro não desconfiasse.
Na estrutura do Governo do Paraná, o Deppen é responsável pela gestão, fiscalização, controle e segurança do sistema prisional, ou seja, não tem como função primária atendimento de ocorrências de violência contra a mulher, por exemplo. Entretanto, o órgão acionou a Polícia Militar (PM-PR), que conseguiu achar a vítima cruzando informações do serviço público.
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O caso aconteceu na sexta-feira (12), em São Carlos do Ivaí, no noroeste do Paraná. O companheiro dela, de 30 anos, foi preso em flagrante por ameaça e injúria. O nome dele não foi oficialmente divulgado, nem o áudio com o pedido de ajuda dela.
Segundo a PM, no áudio a mulher relatou que estava sofrendo ameaças e era vítima de violência sexual há mais de um mês. Os dois moravam juntos há dois anos.
Violência contra mulher: como pedir ajuda
Ainda de acordo com a PM, ela disse que era proibida de sair de casa e o homem ameaçava "acabar com a vida dela" caso ela pedisse ajuda ou negasse as vontades sexuais dele.
De acordo com a Polícia Civil (PC-PR), em uma das ocasiões, a mulher conseguiu gravar um vídeo das agressões e ameaças do companheiro. As imagens estão sendo analisadas na investigação.
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A vítima e o homem foram levados para uma unidade de saúde de Paraíso do Norte e passaram por avaliação física. Apesar de não ter nenhum ferimento aparente, os policiais informaram que a mulher estava "visivelmente abalada psicologicamente" e aparentava "estar em profunda tristeza".
Segundo o delegado Renato Leal, o caso está sendo investigado e o homem poderá ser indiciado por estupro e cárcere privado.
A Justiça decidiu que ele poderia pagar a fiança de R$ 3 mil para ser liberado e responder em liberdade, mas ele não pagou a quantia e está preso na cadeia pública de Cidade Gaúcha.
A mulher foi acolhida na casa de familiares e será acompanhada pela da Patrulha Maria da Penha.
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