Menino de 2 anos encontrado morto em margem de rio no Paraná: veja 6 pontos para entender o caso
17/10/2025
(Foto: Reprodução) Bombeiros indicam ponto da margem rio onde corpo de menino de 2 anos foi encontrado, em Tibagi
Arthur da Rosa Carneiro, de 2 anos de idade, foi encontrado morto na terça-feira (14) em uma margem do rio Tibagi, na cidade de mesmo nome dos Campos Gerais do Paraná.
A criança estava desaparecida desde a quinta-feira anterior (9), quando sumiu de dentro de casa.
A Polícia Civil está investigando o caso e afirma que aguarda o laudo da perícia determinar qual foi a causa da morte do menino para avaliar se ele foi vítima de um crime ou de um acidente.
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Nessa reportagem, você vai ler 10 tópicos para entender o caso:
Criança sumiu de dentro de casa
Mamadeira encontrada no rio
Desaparecimento foi notificado no Amber Alert
Seis dias de buscas
Corpo é encontrado
Investigação em andamento
Arthur da Rosa Carneiro tinha 2 anos de idade
Cedida pela família
1. Criança sumiu de dentro de casa
A família de Arthur contou que começou a procurar pelo menino no início da manhã do dia 9 de outubro (quinta-feira), logo após perceber que ele não estava em nenhum local da casa.
Como ele não foi encontrado nas proximidades da residência, os familiares relataram o desaparecimento às autoridades no mesmo dia.
"O desaparecimento foi notado pela responsável após a criança não ser mais vista dentro da residência. Imediatamente, familiares e vizinhos iniciaram as buscas nas proximidades, enquanto o Corpo de Bombeiros acionou as forças de segurança e apoio do município", relata a Polícia Militar (PM).
2. Mamadeira encontrada no rio
Mamadeira da criança foi encontrada em rio próximo à casa
Adriano Santos/Rádio Itay Tibagi
Na tarde do dia do desaparecimento, a mamadeira do menino foi encontrada no Rio Tibagi, em um ponto que fica a cerca de 500 metros da casa da família.
Entre a residência e o rio há uma área de mata, e mais nenhum indício da criança foi encontrado na região.
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3. Desaparecimento foi notificado no Amber Alert
O desaparecimento de Arthur da Rosa Carneiro foi incluído no Amber Alert, sistema de alerta em redes sociais que notifica usuários que estão em um raio de 160 km de onde a pessoa foi vista pela última vez.
O sistema auxilia na divulgação de informações sobre crianças desaparecidas e é fruto de uma parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a empresa de tecnologia Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp).
Arthur da Rosa Carneiro tem 2 anos
Reprodução
O sistema dispara publicações nas plataformas da Meta para anunciar a descrição da criança desaparecida, além de descrições de qualquer indivíduo suspeito de envolvimento no crime, caso haja algum.
A mensagem de desaparecimento fica disponível por até 24 horas nas redes sociais e pode ser repetida, desde que apareçam fatos novos sobre o paradeiro do desaparecido.
4. Seis dias de buscas
Equipes fazem buscas em rio e área de mata próximos à casa de criança desaparecida no PR
As buscas pela criança em Tibagi mobilizaram voluntários, bombeiros e policiais, inclusive de equipes especializadas, como mergulhadores do GOST (Grupo Operações de Socorro Tático) de Curitiba e técnicos do SICRIDE (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas).
Os serviços também contaram com o apoio de cães farejadores, drones com câmeras térmicas, barcos infláveis e sonares usados para varredura subaquática.
O trabalho de resgate foi concentrado na região do rio onde a mamadeira foi encontrada.
As buscas foram feitas em água e terra de quinta (9) a terça-feira (14).
5. Corpo é encontrado
Caso aconteceu em Tibagi
Paulo Roberto Martins e Ivan Rasera/RPC
Arthur foi encontrado morto por um morador da região no início da tarde do dia 14 de outubro, terça-feira, em uma margem do Rio Tibagi. Ele estava a cerca de 80 metros de onde a mamadeira foi localizada na água cinco dias antes.
Segundo o capitão Marcelo Ribeiro, do Corpo de Bombeiros, o corpo da criança estava preso em galhos caídos, o que pode ter obstruído a visualização do sonar usado nas buscas.
Ele também disse que o rio possui um redemoinho, e que, na água, o corpo da criança pode ter ficado submerso por dias e ter sido movido pela correnteza ao longo do tempo.
"Possivelmente ele estava atrás ou embaixo desses galhos. Quando o corpo acaba entrando em decomposição ele libera gases, o que faz com que o corpo boie. A nossa equipe até passou de manhã no local onde o corpo foi encontrado, mas ele ainda não tinha boiado; somente por volta do horário de almoço um morador aqui da região que estava percorrendo a margem do rio visualizou o corpo", explicou o bombeiro.
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Corpo da criança foi encontrado a aproximadamente 20 metros do ponto onde havia sido localizada a mamadeira dela
PMPR
6. Investigação em andamento
A Polícia Civil está investigando o caso e não informou quais são as suspeitas em relação ao que aconteceu com o menino.
A principal dúvida levantada acerca do caso é se o menino foi vítima de algum crime, ou se saiu sozinho da residência e se afogou no Rio Tibagi. No início da semana, o delegado Guilherme Barbosa de Lima havia dito que não descartava nenhuma hipótese.
Segundo ele, Arthur foi encontrado com a fralda e as roupas que estava usando no dia em que desapareceu. O corpo do menino foi encaminhado à unidade de execução técnico-científica (antigo IML) da Polícia Científica de Ponta Grossa, onde passou por exame de necropsia e perícia.
"A causa da morte somente pode ser determinada após análise técnica a ser realizada por perito médico. Numa análise preliminar, não foram observados sinais de violência e, a princípio, o estado do corpo é compatível com tempo que levou até ser encontrado, contudo, ressaltamos novamente que somente o médico legista poderá, após exame, apontar a causa da morte e fornecer maiores detalhes", destacou.
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