Justiça arquiva processo que investigava ex-prefeito de Umuarama por fraude em licitações e obras
27/11/2025
(Foto: Reprodução) Justiça arquiva processo contra ex-prefeito de Umuarama
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região arquivou o inquérito que investigava Celso Pozzobom, ex-prefeito de Umuarama, no norte do Paraná. Ele era suspeito de praticar irregularidades em licitações e obras entre 2018 e 2020 e foi alvo da Operação Jaborandi, que investigou o caso em 2021. Entenda mais abaixo.
Segundo a decisão, a investigação — conduzida pela Polícia Federal — não encontrou “materialidade delitiva”, ou seja, não comprovou o envolvimento de Pozzombom em crime, fraude, direcionamento ou superfaturamento. Com isso, juridicamente o ex-prefeito fica oficialmente desvinculado das suspeitas criminais referentes aos contratos públicos averiguados.
A defesa de Pozzombom foi procurada, mas não retornou até a última atualização desta reportagem.
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O tribunal federal também apontou que, nos casos onde há indícios de problema, como eventuais deficiências na execução de obra, a competência para investigar passa para a ser da Justiça Estadual.
Apesar da decisão, o ex-prefeito continua respondendo no âmbito da Operação Metástase, que apura o desvio de R$ 19 milhões da Fundação Municipal de Saúde.
Celso Pozzobom foi prefeito de Umuarama entre 2017 e 2020, e foi reeleito para o mandato seguinte.
Celso Pozzobom, prefeito de Umuarama
Reprodução/Redes Sociais
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Pozzobom foi alvo de uma operação em 2021
Celso Pozzobom foi alvo de uma operação da Polícia Federal em outubro 2021. A investigação encontrou ao menos duas organizações criminosas, estruturalmente ordenadas e com atuações bem definidas.
Os suspeitos de comandar o grupos eram os prefeitos de Boa Vista da Aparecida e Umuarama. Na época, Pozzobom já tinha sido afastado do cargo no âmbito da operação Metástase.
Conforme apurado na investigação, os prefeitos se reuniam para direcionar licitações a empresários integrantes do grupo, superfaturar os valores e posteriormente dividi-los entre os agentes públicos e empresários que participavam do esquema.
A operação foi batizada de Jaborandi em referência a uma estrada de Umuarama, cujo a obra originou a investigação. Nesta licitação, por exemplo, a PF indicou que foram desviados 5,3% do contrato, totalizando cerca de R$ 180 mil.
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