Mais 50 escolas do Paraná receberão consulta sobre modelo cívico-militar; veja quais
05/11/2025
(Foto: Reprodução) Paraná terá novas consultas públicas para inclusão do modelo cívico-militar em mais 50 colégios
SEED/Divulgação
A comunidade de 50 escolas estaduais do Paraná receberão uma consulta pública para votarem se querem aderir, ou não, ao Programa Colégios Cívico-Militares do Paraná.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed), a consulta deve acontecer nos dias 17 e 18 de novembro de 2025.
Se a comunidade escolar aprovar, o modelo será implementado a partir de 2026. São cerca de 20 mil alunos atendidos pelas escolas que receberão a consulta dessa vez. Delas, 20 funcionam em tempo integral.
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Atualmente, a rede estadual tem mais de 2 mil escolas e cerca de 1 milhão de estudantes. Destas, 312 são colégios cívico-militares, que atendem aproximadamente 190 mil alunos. Outras 412 unidades funcionam em tempo integral.
A consulta foi definida após deputados estaduais do Paraná aprovarem o projeto de lei que autoriza a ampliação do número de colégios cívico-militares e que escolas de educação em tempo integral também possam adotar o modelo, que até então era restrito às unidades de ensino fundamental e médio. O projeto de lei foi apresentado pelo Governo do Paraná, com pedido de regime de urgência.
Escolas que receberão a consulta pública
Escolas estaduais do Paraná receberão uma consulta pública para votarem se querem aderir, ou não, ao Programa Colégios Cívico-Militares do Paraná
Como funcionam os colégios cívico-militares?
Consulta sobre modelo cívico-militar será feita em 50 escolas do Paraná
Os colégios cívico-militares começaram a funcionar no Paraná em 2020. A gestão é compartilhada entre dois diretores: um civil, responsável pela parte pedagógica, e um militar da reserva, que cuida da disciplina e rotina, com apoio de policiais e bombeiros também da reserva.
Diferentemente das escolas regulares, em que a direção é eleita pela comunidade escolar, os diretores dos colégios cívico-militares são escolhidos pela Secretaria de Educação.
A proposta de ampliação do modelo divide opiniões. A especialista em educação Cláudia Costin, por exemplo, é contrária à medida.
"Eles não tem a formação nem o preparo para lidar com pedagogia, para eles não entendem como é que o cérebro de uma criança se desenvolve, então não são os profissionais mais adequados. O Paraná tem professores muito bons, é um dos melhores sistemas educacionais e tem professores brilhantes. Eu não vejo o que um bombeiro aposentado pode ajudar", disse.
Por outro lado, o secretário estadual da Educação, Roni Miranda, defende o programa.
"Nosso programa é um programa que toda a gestão escolar está sob responsabilidade de professores e o militar cuida da disciplina na entrada do aluno, da organização do recreio, da saída, da organização dos estudantes para receberem seus professores na sala de aula. É um modelo de disciplina, que, com disciplina, gera mais qualidade e mais sucesso", falou.
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